segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

DUAS VELAS

 UMA VELA PARA DEUS OUTRA PARA O DIABO

Muito instigante e curioso é como as pessoas navegam por duas devoções, assim podemos chamar, são os expedientes das pessoas em lidar com suas convicções, suas crenças, suas acreditações, a busca que elas empreendem nas mais diferentes e desbaratadas expressões comunicativas. Noutros termos, como muitas gentes navegam de forma natural, normal entre um mundo místico e religioso e alternativamente, um mundo profano, secular, nada ético, nada de correção moral. Até em uma guerra Rússia x Ucrânia, os encontros entre um diabólico putin e o líder da igreja ortodoxa russa. Natural, normal.

 Bem diz um conselho e axioma, que tudo é humano, vindo dos humanos nada nos espanta, porque só os humanos são capazes e com aptidão para insólitas atitudes, que muita vez resvala para um significado não humano. Seria, se por analogia imaginar o animal praticar ou expressar alguma coisa que não seja animal. Espante-se à vontade, se você leitor ou leitora deparar um burro, um cachorro falando, articulando bem com palavras, seus instintos e desejos. Imagine esse caso canídeo: “oh, meu dono, faça o favor né, tô com fome, ponha uma raçãozinha para mim!” Alguém já viu um pet, um cavalo ou burro reclamar com palavras duras que está com sede ou fome?

Ao contrário, então os homens e mulheres, como esses bichos fazem coisas nada humanas! Começa-se pelo desvario e insensatez de matar e eliminar o outro, de o invalidar, de o violentar com todos os requintes de sentimentos maus e destrutivos. Assim, se vê em uma guerra, quando ninguém sai com vitória total. Dos dois lados, mortos e mutilados, dores, danos materiais, de infraestrutura, doenças, traumas. Tais mentes não podem ser do bem, mas tirânicas e diabólicas, do demo, o decaído.

Atentemos para o expediente de muitas e muitas pessoas, levas de gente, o quanto elas vão se ora refestelando em práticas mundanas, profanas, de orgias, de farras de comida, de  libações etílicas. E em pequenos átimos de tempo se põem em atitudes místicas, religiosas, de preces, de orações, de rezas, de oferendas, de novenas. Todos esses oferecimentos, essas ofertas de rogações, de intercessões por terceiros, quando o indivíduo faz tipo um link, uma mediação com Deus, com o sagrado. É estrambótico e assustador.

Não parece ou sugere muito esquisito, a pessoa quase em um gesto contínuo, sai do sagrado e se chafurda no profano, no mundano, no pecaminoso. É muito convencível e admirável observar a conduta e comportamento de um sujeito (homem ou mulher) com uma vida de retidão, de correção moral e ética em tudo que expressa, trabalha e exerce. Tipo: “Faça o que eu ensino e pratico e você será puro, correto e direito”.

A melhor religião é a vida de correção e retidão que a pessoa leva. A cada gesto, a cada comunicação interpessoal, com o meio ambiente, com fauna e flora eu posso expressar o compromisso que eu tenho com Deus, tendo em conta que eu acredito nele como uma divindade Suprema e criadora do cosmos, dos universos infinitos. Esse prodígio infinito, estrelas, astros, planetas, satélites naturais, galáxias, a nossa via láctea. Quanto beleza, quantas maravilhas.

Existem levas de pessoas, bem notadas na Internet e redes antissociais que passam como que a vida inteira em futilidades, em vulgaridades, em uma vida estroina, vazia e sem nada relevante. Para si e seus convivas. E ainda ensinam preces, prédicas e palavras mágicas e milagrosas, oferendas, encomendas e intercessões por quem delas precisam. É como se em um tempo uma vela para deus (pagão, só pode né ) e noutro tempo um vela para o diabo. Só isso.

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