quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

MARgarina


MARGARINAS OU ...

No Brasil, um hábito cotidiano e muito popular é o pingado, mistura de leite com café, e um pão francês – seja na chapa, quentinho ou mesmo fresquinho.
Quem não gosta daquela manteiga ou margarina derretida no pão quentinho?
A manteiga e a margarina são paixões nacionais. Hoje em dia começam a rivalizar com o requeijão, mas ainda ganham em quase todas as padarias de norte a sul. São também ingredientes muito presentes no café da manhã em diversas preparações, como bolos e massas. Você sabe quais são suas principais diferenças?
Gorduras
A primeira diferença que se destaca entre as duas é a composição de seus nutrientes. Ambas são ricas em gorduras, porém a manteiga contém colesterol e uma quantidade maior de gordura saturada. Já a margarina tem maior teor de gordura insaturada em sua composição e, por ser um produto de origem vegetal, não possui colesterol.

Produção

A manteiga é feita a partir da nata (creme) do leite, ou seja, é um produto de origem animal. É batida até que se forme um creme homogêneo e pode ser feita em casa. Já a margarina é produzida a partir do óleo vegetal, por meio de um processo chamado hidrogenação, que transforma o óleo de líquido em sólido. Depois desse processo, são adicionados outros produtos para ajudar em sua composição final, como os aditivos.

Nutrientes

A manteiga possui mais minerais, como cálcio e magnésio. No entanto, a quantidade de vitaminas acrescidas à fórmula costuma ser menor. As mais utilizadas são as vitaminas lipossolúveis, que podem ser adicionadas na formulação das margarinas, melhorar sua composição alimentar – e também para dar uma reforça no marketing do produto. Em relação ao sódio, o famoso sal combatido, quando em excesso, por todos os profissionais de saúde, deve-se ficar atento ao rótulo. A descrição da quantidade desse composto é obrigatória nos produtos e varia de marca para marca.
Verifique sempre as informações do rótulo e fique atento às diferenças. Seja margarina ou manteiga, lembre-se que o valor calórico é elevado, muito mais que o açúcar ou a proteína. E não se esqueça que qualquer uma das duas deve ser consumida com moderação.
blog-letra-de-medico-daniel-magnoni

MACONHA. Uso médico


Canabidiol: como o composto da maconha virou terapia de doenças

A história começou com a degustação de um bolo com o composto entre amigos

Em 1963 o bioquímico israelense Raphael Mechoulam isolou e elucidou a estrutura química do Canabidiol (CBD), um dos componentes da maconha, nome popular da ploranta Cannabis sativa. No ano seguinte, ele conseguiu fazer o mesmo com o Δ9-tetrahydrocannabinol (THC) e com vários outros compostos canabinoides. Até então, não se sabia qual dessas substâncias era a responsável pelos efeitos típicos induzidos pelo uso da maconha.
Dessa forma, esse pesquisador resolveu fazer um experimento tão simples quanto inusitado. Chamou na sua casa um grupo de amigos que foram encarregados de comer um pedaço de bolo preparado pela sua esposa (no documentário, “The Scientist” de Zach Klein, Mechoulam diz não lembrar qual era o sabor do bolo). Metade dos seus colegas comeu um pedaço com um dos compostos e enquanto a outra metade degustava o bolo sem nenhuma substância. Em um desses “experimentos” Mechoulam pôs o CBD e… nada! Ninguém sentiu nenhum efeito. Porém, outro dia, quando ele colocou THC, os amigos que comeram uma fatia com esse composto (incluindo sua esposa) apresentaram todos os efeitos típicos da droga. Ficaram “chapados”! Neste simples experimento “científico-gastronômico”, descobriu-se assim qual era a substância responsável pelos efeitos associados à maconha.
Ao longo de mais do que 10 anos a partir daqueles experimentos, achava-se que o CBD era um composto inativo, sem nenhuma ação específica. Porém, no início da década de 1970, um grupo brasileiro liderado pelo brilhante pesquisador Elisaldo Carlini descobriu ( primeiro em animais, em 1973 e depois em humanos, em 1980) que o CBD tinha efeito antiepiléptico. Essa foi a primeira ação farmacológica descrita do CBD, mas que ficou “adormecida” por muitos anos.
Curiosamente, apenas mais recentemente, os casos de crianças com quadro de epilepsia refratária, que recentemente ganharam notoriedade na mídia por terem melhorado com o uso do CBD, reforçaram essas observações pioneiras.
Vários pesquisadores que fizeram parte deste grupo trouxeram grandes contribuições na pesquisa com o CBD. De modo especial, o cientista Antonio Zuardi da USP de Ribeirão Preto e seus colaboradores colocaram o país na vanguarda nas pesquisas sobre o potencial terapêutico dessa substância e de outros derivados. Pesquisas com o CBD na doença de Parkinson, ansiedade, depressão, esquizofrenia e distúrbios do sono, entre diversas outras condições, demonstraram resultados promissores.
Recentemente, o CNPq aprovou a renovação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (INCT-TM), agora contando com 8 centros e 18 sub-centros de pesquisa espalhados pelo Brasil e exterior. Sob a coordenação dos professores Jaime Hallak (FMRP-USP) e Flávio Kapczinski (UFRGS), o INCT-TM já está recebendo recursos diretos que deram início a uma das maiores iniciativas mundiais integrando a pesquisa básica e clínica com o CBD, com outros canabinoides e com outros compostos com potencial terapêutico.
Finalmente, em uma arrojada parceria entre a Universidade de São Paulo e a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi será construído o Centro de Pesquisa em Canabinoides da FMRP-USP (com o prédio já em fase de licitação) e será realizado já em 2017 um amplo estudo clínico do CBD em grau farmacêutico (coordenado pelo Prof Zuardi e já aprovado pelo CEP (https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02783092) com mais de 120 crianças e adolescentes com epilepsia refratária.
Esperamos que os achados desse e de outros estudos colaborativos possam levar rapidamente à transmissão de todos esses conhecimentos para a sociedade, na incansável busca da redução do sofrimento e na melhora da qualidade de vida de pacientes e familiares de portadores de diversas doenças e transtornos.
Observação 1: Durante um jantar em uma das minhas visitas ao professor Mechoulam em Jerusalém eu questionei sua esposa, Sra. Dalia, se ela lembrava qual era o sabor do bolo dos “experimentos” iniciais com os canabinoides. Ela me respondeu:
– É claro, era de chocolate! Talvez esse tenha sido o primeiro brownie de maconha da história….

domingo, 18 de dezembro de 2016

REMÉDIOS ...

Quando tomar remédios

 (ou não)

Os brasileiros estão consumindo remédios de que não precisam e

 deixando de usar aqueles de que têm

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Uma coisa é certa: o brasileiro detesta tomar remédios. No Brasil, uma de cada três receitas médicas sequer é aviada e vai parar na gaveta ou no lixo. Se a prescrição contém mais de três medicamentos, raras vezes são adquiridos e consumidos na totalidade, mesmo se forem gratuitos. Entre os portadores de doenças crônicas – como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, insuficiência cardíaca e arritmias – menos de 20% estão controlados no país, principalmente devido à não adesão ao tratamento contínuo.
Por outro lado, cresce absurdamente no Brasil o consumo de suplementos, vitaminas, hormônios e compostos ditos naturais, comprados sem recomendação médica, para os quais não existem comprovações de eficácia, ou há claras evidências de que são inócuos e alguns até nocivos à saúde.

Ciência para viver mais e melhor

Os brasileiros estão consumindo remédios de que não precisam e deixando de usar aqueles de que têm necessidade. Embora ninguém goste de tomar remédios, utilizá-los é a única forma de se beneficiar dos avanços da ciência para a cura ou controle das doenças e preservação da saúde.
As causas da não adesão às recomendações médicas são muitas, incluindo o custo dos remédios, efeitos colaterais, mas principalmente mitos e crendices. Em geral, homens temem a disfunção sexual e mulheres receiam engordar, mesmo que os remédios nada tenham a ver com isso.
O fato é que, entre as doenças cardiovasculares, não fazer o tratamento adequado pode determinar uma redução na expectativa de vida de dez ou mais anos.
Enfim, em relação aos males para os quais não há remédio, todos se queixam, mas quando existe tratamento eficaz para uma doença, poucos o utilizam.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

COLESTEROL ALTO E...

                            

                      DIETA PARA OBESIDADE/ COLESTEROL -
    Regras indispensáveis para uma dieta saudável e eficaz:
1.      Dieta não significa passar fome, apenas mudança  do estilo de vida e qualitativa dos alimentos
2.      Não compre nada fora  da lista recomendada, o acesso ao alimento leva ao consumo exagerado
3.      A dieta deve ser familiar. Todos devem compartillhar, se possível e indicado, o mesmo cardápio
4.      Não tenha vergonha de dizer onde quer que esteja que não consome tal alimento, a saúde é sua
5.      A dieta nunca deve ser transgredida, seja em casa alheia , festas ou  férias/finais de semana
6.      Procure exercer um papel educativo com os seus familiares e filhos com uma dieta saudável
7.      O peso flutuante( emagrece/engorda) pode ser pior para a saúde do que a própria obesidade
8.      Atividade  física é fundamental. Procure exercitar , no mínimo 30 min  dia sim/dia não
9.      Consulte o rótulo e fórmula dos alimentos, compre os com baixo  teor de gorduras/calorias
10.  Não use  açucar, é excesso calórico. Evite adicionar sal aos alimentos, faz mal ao coração 
e à pressão

Bebidas Naturais

À vontade
Água de côco
Café/chás
Refrigerantes
Sucos naturais

Bebidas alcoólicas

Opcões 1 copo/dia
Cerveja
Vinho branco/tinto

 

Gorduras/Óleos

Azeite de oliva
Creme vegetal
Margarina
Óleo de girassol
Óleo de milho
Óleo de soja

Óleo de canola


Condimentos

A gosto

Pimenta do reino

Alho
Limão
Salsa
Cebolinha
Vinagre
Molho de pimenta
Orégano
Queijos 100gr/dia
Queijo fresco
Ricota ou cotage
Mussarela seca

Legumes/verduras

À vontade
Abóbora
Agrião
Alface
Almeirão
Berinjela
Beterraba
Brócolis
Cebola
Cenoura
Chuchu
Couve-flor
Espinafre
Pepino
Pimentão
Quiabo
Rabanete
Repolho
Tomate
Vagem
Cereais 100g/dia
Arroz
Feijão
Aveia
Grão de bico
Farinha de madioca

Pães 100gr/dia

Pão de forma

Pão de centeio
Pão francês
Pão integral
Pão italiano
Pão sírio
Torradas

 

Sobremesa

Gelatina
Frutas cítricas

Peixes

Substitui carnes brancas

Pescada
Linguado
Salmão
Cação
Tainha
Bagre
Outros
Carnes Brancas
100 gr/dia sem pele
Carne de carneiro
Peito de frango
Chester
Peru
Carne de coelho
Carne de peixe
Carne de soja

Frutas  À vontade
Abacaxi
Ameixa
Maracujá
Caju
Uva
Melão
Kiwi

Laranja

Limão
Maçã
Tangerina
Melancia

Com moderação

Mamão
Manga
Goiaba
Bananas não fritas

Laticínios  200ml/dia

Iogurte natural
Iogurte desnatado
Leite desnatado
Coalhada

Ovos

Somente a clara

 

Proporções /dia

50% vegetais/frutas
30% cereais/grãos
20% laticínios/carnes

Motivação, vaidade, autoadmiração, saúde e um corpo belo e saudável são fatores-chaves do sucesso em tudo na vida.  Fome e apetite devem ser instintos do organismo para sobrevivência saudável e feliz  nunca  ímpetos para orgias alimentares ou fuga para nossas angústias e frustrações.  A pessoa  é um ser racional e civilizado  , devendo  subjugar seus instintos e impulsos à razão.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A PAIXÃO COMO DOENÇA

O QUE NOS ENSINA A MORTE DE UMA EQUIPE DE FUTEBOL ?
João Joaquim

Movido e impelido pelo sinistro da equipe de futebol da chapecoense, nas cercanias do aeroporto de Medelim, com o avião de Lamia eu pus-me a algumas reflexões. O avião, por falta de combustível, caiu nas montanhas; foram 71 mortos, 6 sobreviventes. Dos mortos, 19 eram jogadores da chape.
O valor de qualquer esporte . A expressão mais elementar que os homens deveriam ter do esporte, o futebol como modelo, é ser essa atividade voltada no sentido de educar o indivíduo, tornando-o um cidadão melhor do corpo e da alma e não um indivíduo melhor em ganhos salariais vultosos e contratos milionários. O que se vê cobiçado entre os atletas e cartolas é isso. Lucros, lucros e acúmulo de dinheiro. Para tanto entra em campo e nos bastidores o princípio do vale tudo ,como se os gramados fossem um octógono do dantesco e sangrento UFC, nossas lutas do coliseu moderno.
Ao que temos assistido do futebol é isto. Todas as partidos parecem rinhas de galo ou touradas. Tanto entre os competidores como nas torcidas. Tudo lembra praças de uma guerra fraticida. Nesse macabro cenário entra um terceiro componente: o papel das redes de televisão que lucram também milhões (único interesse) nesse esporte que se tornou tão popular. A rede globo, por exemplo se tornou a única transmissora de jogos das séries A e B e da seleção brasileira.
As cenas de hostilização, de rejeição, de discriminação, de guerra mesmo, começam entre os profissionais dessa emissora para os quais valem todas as atitudes e agressões físicas e morais a atletas de uma seleção da Argentina pelos simples e único fato de eles jogarem tão bem ou melhor do que os craques brasileiros.
O que resulta do exposto em uma palavra é muita negatividade de um time contra o outro, notadamente se são duas equipes de duas nacionalidades. Excesso de energias e ânimos negativos trazem a ideia diabólica do caos, de destruição, de morte. Exatamente contrário ao espírito originário da ginástica, da educação física( palavras de Platão) e modernamente do esporte, como o futebol. O que deveria prevalecer numa competição qualquer? Ora, pois, basta entender que se uma equipe A (de Argentina) compete com a B (de Brasil) não significa uma disputa fraticida, de aniquilamento ou menos valia do perdedor. Se ganhou o B ou A é porque naquele momento o vencedor se preparou melhor e fez jus à vitória, como aliás, vale para toda atividade na vida. Simples assim! Movidos pela ganância de audiência e por lucros e mais lucros entram em cena os cartolas, os patrocinadores. A vitória e títulos são tudo que lhes interessa. Daí surgem todos os expedientes ilícitos, imorais, criminosas , de suborno de árbitros em busca do fim, lucros e imagem de melhores do mundo e superioridade.
Uma outra reflexão que trago à baila refere-se à questão das reações das pessoas frente à morte. Não parece, mas tem relação com o esporte. Todos vivemos uma vida de imortalidade. Viver como se imortais fôssemos faz parte de nossa vocação para a felicidade. Trata-se de um instinto de sobrevivência.
Essa sensação de vida eterna é até saudável e proveitosa. Nós só tomamos conhecimento da finitude da vida frente à ameaça da ruptura desse limite, dessa passagem e interface. A doença, ou um acidente representa essa ameaça. O fio pode se romper, a armadura pode-se quebrar. Daí emergem a consciência, a fobia e a lembrança de que estamos em risco. As mortes nos esportes não são incomuns. Alguns trazem mais risco. Formula 1, motociclismo, pugilismo.
Por que a morte súbita ou acidental de um atleta causa mais impacto e comoção? Primeiro porque ele torna um personagem admirável com muitos fãs. Segundo, porque ele encarna uma figura meio mítica e invulnerável. A morte de uma criança, de um jovem, de um atleta é sempre mais dolorida e capaz de muita tristeza e inconformismo? Por que esse atleta ? Justamente ele que mostrava ter mais vida e resistência a esse evento tão difícil de suportar.
Por último falo de amor e paixão. E tais sentimentos têm liames com o esporte. Esporte e saúde, esporte e vida, esporte e morte, esporte e paixão. O que têm a ver essas condições, atividades e estados sentimentais?
Se buscarmos em todas as fontes de sabedoria estão lá os desígnios e origens por exemplo do amor. Seja Eros, o deus grego do amor; ou o cupido romano. Eles tinham a função de uma força cósmica de fecundação e multiplicação. Assim também é tratado a amor em muitos ramos da filosofia e mesmo entre as religiões. A construção e mantença da vida se faz com amor. Assim também o é com outros laços que se estabelece. Daí o amor à própria vida, a natureza, ao que eu construo e faço como pessoa. Eu devo estabelecer amizade, simpatia e amor com múltiplas coisas, seres e atividades. Todavia com alguns condicionantes: que esse(s) sentimento(s) sejam moderados, regidos por razão e consciência. Com a firma e lúcida noção de que o objeto de meus sentimentos não tem garantida de eternidade. Namoro e casamento acabam , meu time nem sempre ganha, nós somos mortais, meu bichinho morre, minha referência pode morrer.
Assim temos enfim a paixão. O que seria esse sentimento? Na origem temos o grego passio ou o grego pathe, cujos significados eram sofrimento, suplício, doença. Do radical surgiram por exemplo patologia, estudos das doenças. Daí psicopatia e encefalopatia. Não impropriamente a semântica trouxe um sentido patológico a qualquer “ amor desmedido e irracional “, paixão. Amor cego, desvairado e neurótico a alguém, a um objeto ou time de futebol.
Daí vem os riscos de um namoro, um casamento, uma atração, ou admiração por uma equipe de esporte. Na separação ou derrota e outras perdas o sofrimento psíquico e moral são enormes. Necessário se faz um processo educacional com as crianças e adolescentes. Em todos os vínculos afetivos ou de amizade ou de admiração a outra pessoa, a uma equipe de esporte, a um animal. Que seja amizade ou amor. Que seja um vínculo de admiração como numa “torcida” pelo time A ou B. Mas, com essa firme noção, o que excede a esses sentimentos pode se transformar numa condição semântica patológica vulgarmente chamada paixão. Quer estado mais sofrido, mas mórbido, mais angustiante , mais excruciante do que foi a Paixão de Jesus Cristo? Dez/2016.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Qualy de vida

DOS ESTRUPÍCIOS E TRAMBOLHOS  NA VIDA DAS PESSOAS
João Joaquim  

Como profissional da saúde, da vida e da doença, aprendi e exercito sempre os meus sentidos. Há um princípio por exemplo em medicina de definir o bom e observador profissional como  aquele que começa a examinar o paciente quando ele chega à recepção e porta do consultório. São detalhes a ser analisados por exemplo:  a marcha, a postura, mímica, trejeitos etc. Numa consulta médica de padrão-ouro dois itens são determinantes. O primeiro se chama fácies, que nada mais é do que a expressão  facial do doente. Tal termo se aplica de fato a uma pessoa que sofre. Ela pode ser característica de cada doença. Um outro item fundamental se chama ectoscopia, que é uma visão geral de todos as partes anatômicas, de fato visíveis, sem o exame físico manual do paciente e sem nenhum outro instrumento. A partir dessa análise da fácies e da ectoscopia inicia-se o exame físico. Como exemplos dessa ectoscopia, a cor da pele, a oxigenação das mucosas e pele, contrações faciais, tremores de algum membro, manchas, lesões cutâneas indicativas de uma doença sistêmica.
Feitos esses adendos  iniciais, e os fiz com o propósito ilustrativo, devo confessar que como iniciado e ensaísta na arte de cronicar (cronista), gosto muito de observar o mundo, a dinâmica das coisas, o movimento da natureza e o ritmo da sociedade e das pessoas. Devo à Medicina este treinamento diário.
Eu tenho observado, com um certo pesar e ceticismo a desconexão das pessoas com a natureza ao seu redor. Tal fenômeno se deve justamente a conexão com os produtos, objetos e recursos da internet e da indústria digital.  Cada vez mais nos tornamos uma sociedade e pessoas da “irrealidade virtual e da ilusão digital”. 
Todavia, frente a tantos inventos, modismos e tendências que dominam os planos, gostos e desejos das pessoas, há em muitos segmentos profissionais uma preocupação e dedicação com a chamada qualidade de vida. Tal busca de satisfação tem sido lembrada e estimulada em muitos setores sociais, profissionais e empresariais. A própria medicina dá destaque a essa estratégia como um reforço e adjunto terapêutico. Nos conjuntos habitacionais, nas empresas voltadas para atividade esportiva, nas academias de exercícios físicos, fala-se muito nas atitudes e aquisições voltadas para a qualidade de vida. O que seria então, ou melhor como se poderia definir qualidade de vida? Seriam todas as ações, comportamentos e atitudes que de fato tragam melhorias na saúde das pessoas, nas relações sociais e na interação com o meio ambiente e com a  natureza à nossa volta. E aqui já deixo uma advertência: existe muita enganação nesse chamado segmento de qualidade de vida; notadamente a oferta de produtos nutricionais duvidosos e outros insumos sem comprovada eficácia ou beneficio de produzir este efeito ou uma performance física. Fiquem alertas porque tem-se vendido e induzido um rosário de “besteiras” de pura falsidade e ilusão para as pessoas. Nessa lista têm-se até igrejas vendendo passaportes para o céu  em troca de doações e bens pessoais.
E como trazer tais estratégias de mais saúde, de mais bem-estar, de mais alegria e felicidade na vida das pessoas e das famílias?  Tudo que se pode adotar, adquirir como qualidade de vida tem aspectos subjetivos. Nem sempre bens materiais e dinheiro estão associados a qualidade de vida. Tais aspectos vão depender do que fazer com cada pertence ou compromisso na vida diária de cada um. A melhor dica seria buscar não  uma felicidade material, mas sobretudo pessoal, existencial, social e de possuir uma consciência de paz consigo mesmo e com os outros e os poderes públicos constituídos.
Para mais clareza e materializar as noções de qualidade de vida trago à baila o que muitas pessoas adotam e assumem como qualidade negativa ou depreciação em suas vidas. Nesse tom podem-se sublinhar como exemplos os compromissos financeiros que cada um assume para se apossar desse e outro bem material ou status social, a titulo de estar de acordo com os padrões impostos pelas mídias e redes sociais, com os modismos da época.
Nesse pacote entram por exemplo cartão de crédito, “cheque especial”, dívidas, hipoteca de bens , empréstimos particulares, fiadores, etc. O melhor conselho é o de ser feliz do jeito que a pessoa nasceu e com os bens que ela possa adquirir sem se endividar.
Enfim, são os chamados trambolhos ou estrupícios que muitos e muitas agregam em suas rotinas , que lhes trazem apenas qualificativos negativos e ruínas em suas vidas.
Um dos estrupícios encontradiços em nossa sociedade tornou-se a posse dos pets ou animais de estimação (cães na maioria). São muitos os exemplos de pessoas ou casais que mal cuidam da saúde de filhos e de  pais, sequer  cultivam  boas relações sociais ou com o meio ambiente, mas têm em seus apartamentos dois animais; que dão tanta despesa quanto um filho. São vacinas, cuidados veterinários , rações da moda; até vestuário os bichos têm.  Os chamados “ pais ou mães” desses animais levantam pela manhã, limpam e recolhem fezes e urinas dos bichos, dão-lhes as rações ou remédios necessários; chegam as visitas tem-se que prender os animais porque eles são territoriais e sentem os donos da casa. Enfim , fica a pergunta: qual a finalidade de um animal desses em apartamento ? E o pior, tem donos que não cuidam a contento dos animais e de suas “porcariadas”.
Outros estrupícios ou trambolhos vistos são muitas relações conjugais. Sejam como namoro, casamento ou união estável. Ou seja, é uma pessoa arruinando a vida da outra pessoa. São trambolhos humanos que infernizam, quando não chegam ao assassinato do outro. É pura insanidade mental, alguém adotar uma outra pessoa, que se torna um estrupício ,  estrovenga ou tormenta nessas relações.
 E não são poucos os casos dessas relações que desgraçam e martirizam não só a vida da pessoa, mas de uma família. Já bastam por exemplo, muitos parentes  de sangue que a pessoa se vê por questão genética e de generosidade a cuidar e se dedicar à sobrevivência e cuidados alimentares, de higiene e da saúde  desse membro familiar. Não contando aqueles  Balduínos e Valdevinos da vida que se tornam eternos comensais e aditivos , que nem trabalham nem estudam e se tornam eternos dependentes da família  e do Estado.

Em conclusão, são modismos impostos pelas regras do consumo, são  atitudes, permissões e aquisições que, de forma deliberada ou não, entram na rotina das pessoas de forma a anular ou impedir a tão almejada e buscada qualidade saudável e construtiva de vida. Novembro/2016.    

terça-feira, 22 de novembro de 2016

EU EXISTO....

                                        EU EXISTO PARA QUE FINALIDADE ? 
João Joaquim 


Se a gente for buscar em muitos ramos do conhecimento a finalidade e porquê da existência do homem (gênero) no mundo, têm-se motivos e motivos para que persistam as dúvidas. E aqui estamos a falar das concepções dele próprio, o  homem. Algumas frases e definições por exemplo. "O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são." - Protágoras.  "0  homem não passa de um caniço ,o mais fraco da natureza ,mas  é um caniço pensante"(Pascal).  “O homem é um cadáver adiado – Fernando Pessoa.
Posta assim essa chamada, pode parecer que pretendo falar de existencialismo, de nihilismo, e outros pareceres e considerandos. Apesar de gostar não estou nem aí para Schopenhauer, nem pra  Nietzsche.   Não é de minha tenção discorrer sobre tão complexas e dissentidas matérias. Há um princípio de compreensão e clareza que afirma assim: falar de forma difícil é fácil, o difícil é falar de forma fácil. O adjetivo fácil  aqui fica traduzido por inteligível e simples. Então fica combinado que nada de metafísico ou engrolado no que aqui será exprimido, para que meu artigo possa ser lido aqui, acolá, alhures e por algures. 
Quando se fala na finalidade da pessoa humana, pode-se partir da ideia e verdade de que o primeiro e grande passo é a sua própria existência que não é de sua autonomia. “ Eu existo não por minha própria vontade, mas  por autonomia de meus genitores, um pai e uma mãe” (Confúcio).
E fundado, como também centrado nessa motivação  da existência humana é que quero expressar minhas concepções da magnânima questão da finalidade de cada um, de seu papel;  seja, no núcleo familiar e no mundo como um todo.
Assim pensado vejamos o quanto significativa é a responsabilidade de cada casal no tocante à geração de um filho. Quando se fala em casal aqui, refiro-me à tradicional e predominante forma de gestação de um filho, qual seja: a conjunção ou relação sexual de um homem e uma mulher. Isto porque com os avanços das técnicas de inseminação artificial, bastam ter uma mulher ou barriga de aluguel e um gameta masculino conhecido ou anônimo para se ter a gestação de um feto, uma criança e futura pessoa. “São sinais dos tempos e da modernidade”. Quem não aceitar as novas tendências e opções  que vá ao menos se adaptando ao que é praticado pelas novas gerações , em suas finalidades como pessoas e gênero humano.
Concordem ou não muitas pessoas e entidades civis ou religiosas, mas, as fecundações “in-vitro”( em laboratório, provetas, em clínicas de reprodução humana) são uma das marcas dos avanços das ciências na área da Biologia e da Medicina. Estamos (os cientistas da biologia e medicina) prestes a proceder a  clonagem humana. É o homem se fazendo passar por Deus ou criador do próprio homem. 
Quando se fala a que fim se presta o homem, necessário e inescapável se torna o papel  de quais , ou  de quem (homem e/ou mulher) dará  causa e nascimento àquela criança e futura pessoa, e seus desígnios e finalidade . Em termos práticos e objetivos o que deveria pensar uma mulher em comunhão com o homem no planejamento de um filho, quando tal planejamento  há ? Suponhamos esta reflexão, porventura muita sensata:  Se estamos nos relacionando sexualmente posso engravidar! Planejado e desejado esse filho( outra reflexão), quais serão os objetivos e fins dessa futura pessoa? Tenho ou temos as necessárias condições afetivas, familiar e financeiras para prover a criação, a educação e formação dessa pessoa para nossa família e para a sociedade?
  Fazendo uma síntese ou epílogo da chamada inicial: finalidade e porquê da existência humana e colocando-a no contexto da realidade brasileira. Nossos governos, todos, um após o outro, se orgulham de sermos mais de 200 milhões de habitantes. Nunca, nesse ufanismo tolo e demagógico, são lembrados os excluídos, desempregados e analfabetos. Eles são também milhões a vagar pelo território, sem a certeza de escolas, abrigo, emprego e sustento de amanhã. São legiões de pessoas classificadas como sem. Daí temos os sem-terra, sem-teto, sem-escolas, sem-empregos, sem-assistência médica.... até os sem-dignidade. Basta olharmos nas vias públicas, nos vãos das pontes, nas estatísticas do IBGE, etc. Se algum gaiato acrescentar que é culpa( ou são culpas) dos sem-vergonhas dos políticos , eu agradeço. 
Não temos pelo SUS ofertas e assistências de controle de natalidade ou planejamento familiar. São questões intimamente relacionadas: analfabetismo, desemprego, desassistência médico-social e filhos não planejados e sem finalidade.
O governo tem anunciado assistência sanitária  às crianças com microcefalia pelo vírus zika. Não custa lembrar que são na maioria, mulheres nordestinas, sem muitas coisas. Têm-se, claro, aquelas com. Com carências de quase tudo.
 Nenhuma palavra foi dita sobre política de planejamento familiar ou controle de natalidade para as famílias carentes e seguradas do SUS. Deveria ser um direito pétreo , do qual o cidadão não deveria abrir mão . E que não venham algumas igrejas com as suas teologias do “crescei e multiplicai-vos “. Sejam as católicas ou evangélicas, elas já atrapalharam muito com essa nociva hipocrisia; por isso dentre os  mais de 200 milhões de brasileiros, temos inclusos os excluídos, os sem-tudo e muitos outros miseráveis deixados ao deus-dará. Todos esses em geral tem bolsas miseráveis e um título de eleitor para eleger os mesmos políticos.
Em que pese a omissão e negligência do Estado (Brasil), deixo um conselho e advertência a cada homem ou mulher, rapaz ou moça. Se vocês não têm condições de darem, por conta própria, criação e formação digna a uma pessoa não a coloque no mundo. Não conte com o Brasil, ele está ruim e pode piorar! 
Filho, uma criança e concepção de uma pessoa é muitíssimo diferente e de enorme responsabilidade quando comparada com  a gestação , criação e educação de um cachorrinho , um burrinho ou poltrinho. Pensem nisso e não sejam geradores( genitores) de pessoas sem finalidade, infelizes pra  si mesmas  , para sua família e para a sociedade. Isto é muito sério. Novembro/2016. 


João Joaquim - médico - articulista DM   facebook/ joão joaquim de oliveira  www.drjoaojoaquim.blogspot.com



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

SAÚDE + OU menos

               SAÚDE E CONTROLE DE DOENÇAS  MAIS OU MENOS
João Joaquim  

Ha alguns princípios e regras em Medicina e outras áreas de saúde que decidi trazer neste artigo. São os estágios ou graus das doenças e também do controle dos chamados fatores de risco. Há um postulado ético que todo médico deveria pautar-se por ele. Assim fazendo, ele praticamente cumpre todos os itens do código de ética profissional e vale para muitas outras profissões que lidam com o ser humano. Esse princípio diz assim:  , “ O médico deve buscar o que há de melhor em benefício do paciente”. Esse qualificativo “melhor” inicia-se na relação médico-paciente e deve perpassar por todas as etapas do atendimento, culminando na terapêutica  como o destaque de excelência nessa prestação de serviços.
Nesse mister do excelente( ou do melhor) atendimento cabem ao médico algumas características, entre elas a verdade, a franqueza, a clareza nas palavras, a transparência e firmeza em seus procedimentos. O médico jamais pode usar de termos muito técnicos ou expediente de falsear, agradar por agradar, e explicações fora dos princípios essencialmente éticos ou científicos. Nenhum ardil,  dissimulação , argumentos obscuros devem fazer parte na relação médico/paciente( em suma, isto é a mais genuína ética ou honestidade que deve permear as relações humanas)
Assim pensando, em decidi listar 10 itens encontradiços na vida das pessoas e que são negligenciadas pelos pacientes. São condições que o médico tem o dever de alertar e recomendar sobre os riscos a curto,  médio e longo prazo. É aqui que entra o objetivo do profissional de recomendar o que há de melhor, o foco na excelência. Isto vale para um estilo de vido saudável, a melhor meta de um dado fisiológico, a mais segura técnica cirúrgica , a mais eficaz medicação, o que as pesquisas atuais mostram de mais comprovado em beneficio da saúde das pessoas.
Quanto falamos em doença usamos os adjetivos normal (ausência do mal), mínimo, leve, moderado ou severo. Se fala em algum  risco ou condições de saúde empregam-se os termos ruim, regular, bom e excelente. Com os exemplos a seguir das 10 condições mais comuns ficam mais claros estes graus de doença ou níveis de saúde.
Pressão arterial.  O  nível de excelência para o adulto em repouso = 120/80 mg (12/8). Se o indivíduo tem 13/9 ele tem nível mínimo de elevação da pressão.
Glicose ou açúcar. A taxa ideal é entre 80 e 90 mg por dL(decilitro) de soro (sangue). Se persiste em 100 mg em jejum, não é o excelente, está  próximo ao diabetes.
Colesterol. Nível de excelência menor que 200 mg/dL. Um nível de 220 mg persistente é uma alteração mínima, não o ideal. Constitui o maior risco de complicações cardiovasculares( infarto e derrames cerebrais).
Triglicerídeo. Nível ideal 150 mg/dL ou menos. Favorece doenças cardíacas e pancreáticas .
Peso corporal, basta calcular pelo IMC, peso dividido pela altura X altura. Um  sobrepeso persistente de 10 kg, significa um padrão regular de saúde  neste quesito. Exemplo : 80 kg/1,70mx1.70m = 27,68, significa sobrepeso;  ideal seria 25.
Atividade física. Se a pessoa não faz exercícios, no mínimo 4X semana, com sessões de 40 min a 60 min, significa algum grau de sedentarismo, tanto pior quando próximo de zero a mobilidade da pessoa. O melhor que se pode fazer em manter o aparelho circulatório hígido e saudável é atividade física regular.
Alimentação. Pode a pessoa ser até magra, mas se ela ingere excesso de gordura saturada (animal), gordura trans,  de carne vermelha e sal de cozinha significa uma dieta não excelente ou não  saudável. Gordura animal e sal de sódio fazem mal aos rins, coração, pressão e circulação .
Vícios . Qualquer  droga, nicotina, álcool e maconha. O que é a excelência? Zero dessas substâncias. Um cigarro, uma latinha de cerveja fazem pouco mal, mas é mal.
Estresse psicoemocional. O ideal é que a pessoa não tenha o estresse patológico persistente. Ele faz mal à saúde da mente, da alma e do corpo. O estresse transitório e leve, não causa nenhum dano ao organismo.
Sono de boa qualidade e reparador. Trata-se do nível de excelência nesse quesito. Para tanto devem-se buscar as medidas higiênicas e dietéticas para esta condição tão essencial à harmonia de nosso organismo. É durante um bom sono que o cérebro e os demais órgãos vão se reabilitar daquele estresse emocional e físico do dia a dia.
Por fim uma questão de enorme significado na saúde das pessoas é o grau de controle das doenças, ou seja o rigor ou desleixo no adequado uso dos itens terapêuticos. Como exemplos, a hipertensão arterial e o diabetes. Quantos doentes estão por aí  incorretamente medicados! Seja no medicamento impróprio, na dose inadequada e com outros cuidados necessários  não seguidos.
Vamos tomar a título de escore os itens analisadas, do quanto na soma geral, de mínimo em mínimo se pode obter um resultado desastroso em pontos, fora do que seria a excelência e normalidade para uma boa saúde. Uma pressão 14/9 (140/90), 30 pontos; uma glicose 100, 10 pontos; um colesterol de 220, 20 pontos; um triglicerídeo de 180, 30 pontos; peso com 10 kg acima do ideal, 10 pontos; sedentarismo, 10 pontos; alimentação insalubre, 10pontos, um vício, 10 pontos; estresse diário, 10 pontos; sono não repousante, 10 pontos. Na soma temos 150 pontos.
 Esse escore de 150 pontos equivale a um grande fator de risco não corrigido cronicamente. Exemplos , eles se igualam a uma taxa de colesterol de 350mg, a um tabagismo de 20 cigarros/dia, a um diabetes de 250mg não tratado, etc. Imagine uma condição desta ao longo de 20 anos, de 30 anos. Quanto de estrago aos rins, ao coração, à circulação, ao cérebro ( risco de derrames) e prognóstico ruim para uma morte precoce.

Em suma, quanto mais pontos a pessoa tiver, mais chance ou risco de morte de causa geral ou cardiovascular. Assim fica demonstrado o quanto a pessoa com a orientação do médico deve buscar não o nível mais ou menos, ou médio de saúde ou no controle das doenças, mas a meta ideal ou de excelência. É a estratégia da prevenção ou o princípio “evitar é melhor do que remediar”.  Setembro/2016.