terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Felicidade

A FELICIDADE IMPOSSÍVEL   SEM  TRABALHO E SEM ESFORÇO

João Joaquim 


Desde sempre, na mente humana,  houve projetos, desejos e sonhos que se tornaram a ordem do dia. Os termos podem variar, mas no final com o mesmo significado. Se fossem designados em uma palavra, esta palavra seria a felicidade. Tanto que ela passou a ser uma expressão do bem extremo que queremos a quem tanto amamos e temos em nossa mais alta estima.
E tem plena razão todos que buscam esse estado físico e de alma. A felicidade é um fim em si mesma, é o objetivo último e máximo do gênero humano em sua existência. Ninguém em sã e lúcida consciência, em  higidez mental e psíquica vai querer um mínimo de sofrimento ou dor que seja. Se assim o faz é porque padece de algum distúrbio de saúde mental, dano  patológico,  e portanto ,  precisa de algum ajuste terapêutico no campo psíquico , psicanalítico ou até medicamentoso.
Ser feliz . Este tem sido o desiderato de todos em sua humana lida. Mas seria tal estado orgânico e de alma possível? Para aqueles adeptos do determinismo, do existencialismo, tal projeto e desejo seriam inatingíveis. Todos estão predestinados a algum sofrimento, diriam os deterministas e existencialistas. Mas, eu rebato essa tese, e temos que , sim, buscar os caminhos da felicidade.
A vida se faz, se principia, se brota, se vem à luz do mundo entremeada já com um pouco de dor, choro e início de sofrimento. Disso ninguém discorda. Tomemos a vida humana a partir da fase fetal. Esse feto, ainda que em plena higidez física, nos primórdios de sua interação com a mãe e com o meio externo receberá e sentirá os estímulos nocivos e estressores, tanto exteriores quanto aqueles sofridos pela mãe.
O ventre, o útero e placenta não são garantias nem imunidade contra injúrias externas, tanto de agentes físicos quanto  imunes e biológicos . O feto pode adoecer! Tanto que anda em voga a chamada Medicina Fetal. Especialidade que monitora ,  diagnostica e trata as anomalias do feto.  Hoje, se faz até cirurgia fetal.
Com a maturidade plena do feto, vem o período expulsivo ou do trabalho de parto. Pode-se considerar o maior trauma da vida humana. Para tanto a natureza com seus indecifráveis mistérios criou um estado fisiológico chamado amnésia. Ninguém vai se lembrar desse primeiro grande trauma, desse “doloroso transe”  que é o nascimento.

Para tanto sofrimento bastaria imaginar o trabalho de parto de um adulto. Fosse possível, em grandes dimensões, regredir um adulto ao ambiente uterino e ele lutar 10 horas para voltar à luz. Quanto suplício e sequelas psíquicas. Que fique só na imaginação, de preferência com amnésia absoluta desse “sofrimento angustioso”.
Vieram os avanços tecnocientíficos, no mesmo passo as ciências médicas. Dentre essas o aprimoramento da analgesia e da anestesia. Hoje campeiam os partos cesarianos, porque se fazem com uso de analgesia e anestesia. Pena que abrevia-se o trabalho de parto sem dor para a mãe. Mas,  para o nascituro( futuro recém-nascido) o mesmo trauma. O mesmo sofrimento, a perda da proteção da barriga da mamãe  e do  aconchego uterino. Parece um descaso e injustiça da natureza  com o feto. Mas, é a lei, são os mistérios da vida.
Há diversos estudos na área de obstetrícia e neonatologia provando que o parto natural e espontâneo é muito muito saudável para a criança e mesmo para a mãe. Evitam-se com isto um trauma cirúrgico, o uso de vários fármacos na anestesia que têm os efeitos colaterais para a  mãe e feto.
As evidências são de que o esforço e esse sofrimento impostos ao feto para nascer têm efeitos saudáveis nessa transição da vida uterina para o mundo externo. É a passagem da circulação fetal e dependência placentária para a respiração pulmonar e circulação no modo adulto. Todo esse trânsito dolorido e árduo do chamado trabalho de parto é nada mais do que o primeiro ensinamento da natureza de que a vida humana tem como finalidade última e máxima a felicidade. Mas, a vida e a felicidade não têm isenção absoluta de alguma forma e grau de sofrimento, de esforço, de trauma  e de trabalho.
Trazendo esse objetivo e perene busca da felicidade a que todos se dedicam para o contexto de nossos dias, para as novas gerações, para a civilização moderna, munida de internet, redes sociais e tecnologias de informação, do mundo digitalizado.
O século XXI tem se caracterizado por intenso debate e avanços sociais no que se refere às liberdades individuais, garantias as mais amplas de direitos humanos e novas diretrizes na educação. Entre essas novas normas de liberdade e educação têm-se como exemplos a proibição de reprovação escolar e a lei da palmada.
Em outros termos, o aluno mesmo com nota abaixo de 5(50%) tem que pular de série. Não interessa se ele aprendeu o suficiente na série anterior ou não. É proibido reprovar. Lei da palmada: os filhos além de ser criados sem limites ou castigos não podem receber o menor constrangimento físico, a exemplo de uma palmada ou chinelada.
Tomo de empréstimo as palavras da Psicóloga Virgínia Suassuna: “ os chamados psicotapas” , tão úteis das avós das gerações digitais. Até esses estão proibidos pelos novos legisladores, pelas novas diretrizes dos modernos educadores. São novos tempos.
Os pais e famílias dessas novas gerações têm embarcado nessa nova pedagogia e nessas novas diretrizes educacionais. Tudo pode , “ é proibido proibir”  !
Os adolescentes e jovens dessa nossa intitulada sociedade moderna e digital estão sendo criados, formados e protegidos de qualquer esforço, de qualquer sacrifício ou trabalho. Nenhum filho pode cooperar ou se empenhar no seu próprio sustento. O roteiro dos chamados pais modernos tem sido este para os filhos: é proibido sofrer, se esforçar ou trabalhar. Zero dor, zero sofrimento, inclusive o esforço psíquico, a  frustração, o insucesso na busca do prazer, da satisfação dos órgãos sensitivos. 
Para isso, foram sintetizados os ansiolíticos, os antidepressivos, os psicotrópicos de toda ordem. Até os medicamentos que ajudam no rendimento intelectual, no raciocínio , no pensamento lógico. O ato de pensar, calcular, criar se tornou algo torturante. De preferência que todo conhecimento, todo saber  já venham prontos e pensados por outros.
Talvez o resultado dessa nova ordem de vida sejam mais depressão, mais ansiedade, mais suicídios, incapacidade de lidar com as críticas (bullying), mais dependência de psicotrópicos, de psicoterapias e até drogas ilícitas.
Infelicidade na sua forma mais pura.  É a vida sem esforço e sem os sofrimentos, os mínimos que sejam!  -        Janeiro /2018

Talentos


O BRASIL ESTÁ PERDENDO OS SEUS TALENTOS E CIENTISTAS

É preocupante ! É muito preocupante a crise que se abate  em uma linha de produção e fabricação em nosso País. Não se trata aqui de  uma produção  industrial convencional . Trago à tona a grave questão da geração de ciência, de talentos, de cientistas e de conhecimento que vem se declinando a olhos vistos.

Uma mostra contundente de tão grave crise se vê na redução do orçamento para tudo quanto é órgão destinado a essa tão significativa produção , e mais , dos investimentos minguados nas universidades públicas ,no desprestígio à  produção de pesquisas e trabalhos científicos. Outro setor que atesta tão preocupante e triste realidade é o próprio Ministério de Ciência e Tecnologia com o seu igualmente reduzido investimento aprovado pelo governo.
  
Ou em outras palavras, para ser mais incisivo, não bastasse as outras crises, temos agora mais essa, a crise em duas palavras, da Ciência e da Tecnologia. Na verdade as outras crises são tão drásticas e dantescas que engoliram a que está aqui em discussão. Só para registrar para a história do Brasil, tais crises maiores, de momento, e do mundo todo sabidas são a política, a ética, a administrativa, a jurídica e de segurança pública etc. É muita ingerência e desgoverno para um momento só, para um país de dimensões continentais como o nosso. Há uma relação linear com o tamanho do país, mas não precisava tanto.
Por que a nossa crise de ciência e tecnologia nos traz preocupação e incertezas? Basta que se faça esta valorização: a produção de ciência e tecnologia é o maior investimento que um país, uma pessoa, ou uma sociedade podem fazer. É um patrimônio imaterial que logo resultará na maior fábrica de bens e serviços de uma nação para o seu povo, para as pessoas. Estamos perdendo pari passu esse PIB, esse produto interno bruto , em Ciências, talentos e conhecimento.

São visíveis e constatáveis os dados de descaso dos últimos governos (Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer) com o ensino, com a educação em todos os ciclos, com as universidades, com o patrocínio e verbas públicas para os programas de trabalhos científicos. A negligência e desprezo das políticas do ministério de ciência e tecnologia chegaram a um ponto de crise que muitos trabalhos e pesquisas estão sendo interrompidos por falta de quase tudo:  de  material, de instrumentos, de pagamentos a funcionários, de bolsistas e dos pesquisadores.

Outros sinais e provas dessa lenta tragédia têm sido vistos nas universidades públicas. A maioria encontra-se sucateada, com estrutura física e laboratórios de ensino ultrapassados e sem manutenção. E aqui entra uma outra grave questão que é a má gestão dessas instituições, entidades essas com todas as suas dependências, com todos os instrumentos de ensino e treinamento destinados aos professores, alunos e estagiários. E nesse estado de coisas (ou crises) tem-se um item muito sensível e delicado que é a indigna e injusta remuneração aos docentes. Cada vez mais os professores e pesquisadores se veem desestimulados em suas funções por essas duas razões fundamentais: condições precárias de trabalho e baixa percepção salarial. Só de entusiasmo, vocação e idealismo não se vivem os pesquisadores. Todos têm famílias e dívidas a quitar.

Por último como demonstrativos mais ostensivos da crise de produção científica e de cientistas em nosso país têm sido as levas de estudantes, de estagiários e pesquisadores em busca de oportunidades em outros países. Um bom exemplo nesse sentido tem sido Portugal. Esse país tem facilitado cada vez mais a chegada de imigrantes do Brasil que buscam trabalho, empreendedorismo, universidades e formação tecnocientífica. Uma boa notícia nesse sentido é que aquele país vem aceitando alunos com boa nota de nosso exame nacional de ensino médio-ENEM, para ingresso nas universidades portuguesas. Trata-se de um ótimo aceno para os jovens que , frente a tudo de ruim e pior que se vive aqui buscam a sorte em países do velho continente.

O triste e melancólico com o estado de crises porque passa o Brasil é que o país aos poucos vai perdendo esse singular e intransferível patrimônio, que é a inteligência brasileira. E ela existe em grande escala, em todos os rincões de nosso território. Corremos o risco de um dia termos que importar nossos talentos de volta, para nos assistir em muitos ramos das Ciências e Tecnologia. Que triste, não ?  Janeiro/ 2018

Insalubridade

Nossa crônica Insalubridade Básica
João Joaquim 

O que fazer com nossos excrementos e secreções orgânicas ?  . Nosso cocô, nosso xixi podem ser fontes de energia ( elétrica , biogás) e até , acreditem, de proteínas. Bastam para tanto ter tecnologia e profissionais habilitados. Como é feito na Inglaterra e Estados Unidos.
Eu me inspirei para escrever este texto quando estava, agorinha há pouco, bem confortável, em meu wc. Para as gerações mais jovens eu traduzo, wc é a sigla para water closet, um anglicismo, entre milhares, que se incrustaram em nosso idioma. O nosso banheiro ou sanitário em Portugal é chamado casa de banho; na Grã-Bretanha recebe o simpático apelido de water closet (wc).
No caso aqui em discussão o banheiro entrou como um mote. Trago à baila a grave e muitas vezes esquecida questão de saneamento. Quando se fala em saúde pública ele é tão significativo que recebe o adjetivo básico.
E básico, como sugere o termo, porque deveria ser prioritário, fundamental e preocupação primeira de cada governante, de todas as esferas político-administrativas desse país. Ou seja, de prefeitos, governadores e presidente da república. Não é!
Vamos pegar como piloto, em tão sensível questão, a cidade do Rio de Janeiro. Afinal, ela é nossa capital turística, visitada por turistas e delegações do mundo inteiro. Ali tivemos a copa de futebol FIFA 2014, e as olimpíadas- COI 2016. Foram bilhões de investimentos em marketing, estradas, estádios, arenas de esportes, ginásios, vila olímpica entre outras obras de infraestrutura. Os investimentos em saneamento básico foram pífios ou mínimos. Enorme foram as verbas para a corrupção.  
O descaso é brutal. Tanto assim que as paisagens de insalubridade, lixos e esgotos, a céu aberto, continuam as mesmas de antes desses referidos eventos. Ficam a impressão e o visual de que nada foi modificado no que concerne aos crônicos e anacrônicos problemas com os excrementos e resíduos produzidos pelas pessoas.
Calcula-se que ali na capital fluminense sejam lançados, a cada dia,  nos rios, mananciais e mar cerca de 5000 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento. Ou seja, têm-se com isto um cenário de absoluta degradação sanitária.
Não se trata apenas de um impacto negativo na saúde humana. Dentre as doenças dessa putrefação podem-se destacar as hepatites, disenterias, parasitoses, viroses e muitas outras infestações e intoxicações advindas de lixo doméstico e industrial.
A par dos danos à saúde humana, há uma degradação ambiental, com acometimento da flora e fauna e deterioração da paisagem natural. Quanta feiura e mal-estar aos sentidos causa um ambiente pútrido e insalubre. É o completo adoecimento da natureza, dos rios e mares, das florestas e atmosfera.
Não bastasse vivermos tempos medonhos na política nacional, temos que assistir aos horrores que têm sido as políticas com o saneamento da natureza, com todas as fontes naturais de recursos que a terra nos proporciona. E desses, a água, como recurso minera, ela  tem sido a mais maltratada e degradada. É sabido que o Brasil é o país mais rico em aquíferos de água doce. E que triste ironia! Somos a nação que mais desperdiça, que mais contamina e mais doenças produz com águas poluídas.
A cidade do Rio de Janeiro serve como modelo, triste exemplo do que ocorre Brasil a fora. Certamente com alguns exemplos mais melancólicos . A região norte é a mais abundante em água doce. As estatísticas recentes do IBGE revelam que a falta de água potável e tratamento de esgoto chega a quase 80% em regiões do interior. As capitais Manaus (AM) e Belém (PA) padecem da mesma degradação ambiental do Rio de Janeiro. Paralela a essa grave questão de saneamento básico, existe uma igualmente grave, a saúde pública das doenças endêmicas. Dentre essas pode-se destacar a malária, que tem em seu ciclo o mosquito vetor anófeles, cujo roteiro reprodutivo depende do clima (tropical) e água.
Em conclusão o que se pode afirmar é que saúde humana e saneamento ambiental (básico por objetivo e finalidade) constituem marcadores e preditores civilizatórios. Tal assertiva e proposta têm validade tanto no âmbito individual como coletivo. Tais índices se mostram reveladores de nosso desenvolvimento social, educacional, ético, e de respeito ,  tanto na esfera privada ou pública.
Uma pessoa, uma cidade, uma nação, uma sociedade são mais civilizadas, ou menos, na exata proporção de sua condição de higiene de saúde pessoal e nos cuidados e saneamento do ambiente e espaços à sua volta.
Tais iniciativas cabem a cada um, em sua casa, no trabalho, na natureza, nos ambientes públicos, nas escolas; não só os governantes têm responsabilidade.

gente nervosa

PESSOAS EXPLOSIVAS
João Joaquim  

Uma característica necessária e construtiva nas profissões em geral é a chamada interdisciplinariedade. Embora rabilongo eu explico melhor este conceito. Trata-se na verdade dos conhecimentos interespecíficos. Ou seja, é a busca de conhecimentos em outros ramos profissionais, em outros ramos científicos, no sentido de uma otimização na prestação de um serviço, de uma assistência profissional.
Tal expediente pode ocorrer nas mais distintas áreas do conhecimento humano e especialidades. São os casos por exemplo do direito, da engenharia, da física, da química e da medicina. Como este iniciado escriba, deste modesto artigo, é discípulo de esculápio, ele falará do exemplo dessa profissão, cujo mister é a prevenção e a cura das doenças.
Assim ocorre com os chamados operadores das ciências médicas, nos seus mais variados ramos. É provável que sejam os médicos os que mais precisam desse conhecimento interdisciplinar para a mais técnica, ética e humana prestação de serviço. Na compreensão das doenças como se torna importante dominar informações de fisiologia, de biologia, de química, de zoologia. Muita vez até de história e religião.
Na área de laboratório e diagnósticos o quanto se usa de dados da física, de biofísica, de matemática e engenharia elétrica.
Para um clinico de qualquer especialidade o quanto é importante o domínio de semiologia, de psicologia, de cultura popular, e de língua portuguesa, em se vivendo no Brasil.
Particularmente, como cardiologista sempre faço muita interconexão dos sintomas com a psicologia e psiquiatria. E neste sentido falo de uma doença pouco citada na literatura médica, mas que pela prevalência carece de mais realce. Trata-se do transtorno explosivo intermitente (TEI).
O que se tem de certo é que é um distúrbio comportamental da idade do próprio homem. Ele começa a ser citado pela psicologia e psiquiatria já em fins do século XVIII. Por definição é uma reação explosiva de raiva e de ódio diante de uma frustação até banal. Nessa circunstância o indivíduo numa reação colérica reage e responde violentamente com destruição material, xingamentos, podendo chegar a graves agressões físicas e assassinatos. Como  exemplos, uma leve colisão de trânsito, uma queda do sinal de internet, um defeito de aparelho elétrico, o fim de um relacionamento conjugal etc.
Calcula-se que o TEI nos EEUU atinja entre 2,5% a 3% da população. No Brasil não há estatística sobre a doença; mas deve ter quase a mesma prevalência da sociedade americana.
Quanto a causa (etiologia), admite-se que possa haver uma origem  biológica com baixa concentração de mediadores neuro-horrmonais. Ao que sugerem alguns estudos, a serotonina, hormônio do humor e bem-estar, esteja reduzida de forma crônica nesses indivíduos explosivos. Uma outra hipótese bem consistente refere a influência transgeracional. Ou seja, um filho cujo pai tenha tal transtorno, copiará, modelará tal comportamento. Trata-se de um fator educacional. Uma influência por mimetização, por modelagem do educador( pai, cuidador).
O que fica claro é que a doença tem uma causa mista. Uma vez havendo o fator biológico neuro-hormonal, o seu portador passaria essa influência aos filhos com o reforço por educação e modelagem. O filho repetiria as mesmas reações dos pais. Há uma imitação como  se estas fossem a única forma de lidar e superar as frustações do dia a dia, as mais banais para uma pessoa normal e equilibrada.
O que é reconfortante é que há tratamento para essa disfunção comportamental. Consiste basicamente em alguns psicotrópicos temporários; e mais alongadamente uma  psicoterapia cognitiva e comportamental. Nessas sessões terapêuticas, o portador de transtorno explosivo intermitente irá aprender a lidar e conviver com as frustações da vida. Será um aprendizado e diretriz a se repetir pelo resto da vida. Vida que se quer com paz, respeito e serenidade para com os objetos, com as coisas, com os animais e sobretudo com as pessoas à nossa volta, que são as maiores vítimas dos portadores desses transtorno, os  explosivos e nervosos intermitentes ou contínuos. E eles andam soltos por aí sem tratamento e representam um perigo para a sociedade.
Não confundir com as pessoas portadoras de personalidade psicopata ou sociopatas; são os casos por exemplo do assassinos passionais, os feminicidas e outras autores de crimes por motivos fúteis.                                  Janeiro /2018