sexta-feira, 27 de março de 2020

ÁLCCOL X AVC

Alcoolismo e Derrame Cerebral
O derrame cerebral é a 3  causa de morte entre adultos e a principal causa de invalidez de idosos no mundo. Nos EEUU ocorrem em média 150000 óbitos e 2 milhões de sobreviventes de acidente vascular cerebral  (AVC). Á doença arterioscleróstica ( placa de colesterol) está na gênese da maioria dos casos de derrame. Existem vários fatores de risco pessoal e ambiental para
a doença. Os principais fatores são a tendência hereditária, o tabagismo, a hipertensão arterial, o diabetes, colesterol alto, alcoolismo etc.
 Neste artigo discorreremos sobre o álcool como um fator de risco significativo para doença cérebro vascular ( derrame, isquemia cerebral). A literatura médica é farta em trabalhos científicos mostrando a estreita relação entre o consumo excessivo de álcool e maior risco de acidente vascular cerebral (AVC). Esta relação existe mesmo naquele bebedor ocasional em função de sua predisposição genética e outros fatores pessoais de risco. O consumo moderado de bebidas alcoólicas (40-60g álcool/dia), contínuo ou esporádico, já representa risco aumentado para complicações e doença cardiovasculares.
As principais anormalidades associadas ao consumo abusivo de bebidas alcoólicas são: alterações da função hepática, da coagulação sanguínea, hemorragias fáceis baixa de plaquetas e hipertensão arterial. O álcool aumenta a liberação de cortisol, renina, aldosterona, vasopressina e adrenalina. A conseqüência desse pool de substancias é o surgimento de grave crise hipertensiva, infarto do miocárdio, edema agudo de pulmão e hemorragia cerebral. Doenças estas de alta mortalidade, e muitas seqüelas incapacitadas permanentes.
Além dos acidentes vasculares cerebrais ou encefálicos (AVC) o alcoolismo é fator causal de vários outros distúrbios orgânicos com elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Dentre estas pode-se listar: arritmias cardíacas, miocardiopata, hipertensão arterial, trombose venosa ou arterial, embolia pulmonar, hemorragias internas, pancreatite aguda ou crônica, cirrose hepática, neuropatias periféricas, demência precoce, etc

PRAZER !

UMA VIDA DE GOZO E SÓ PRAZER
João Joaquim  
O certo e sabido é que no que concerne à relação do homem com o trabalho e entretenimento, ficou pacificado assim: isto levando em conta a teoria da criação. Foi então convencionado num termo de ajustamento de conduta que o homem, uma vez cometido o pecado original ,teria que trabalhar e produzir o próprio sustento. Mas, Deus na sua infinita bondade e paternalismo permitiu que nós humanos pudéssemos usufruir de períodos variados de prazer, diversão e descanso.
E assim tem sido feito desde a criação original. E pensando de forma divina e humanística sobram razões. Basta recordar que até o Criador deu-Se o direito de um descanso no sétimo dia de sua magna obra de arte que é o universo, os animais e toda a magnificência do cosmo.
Faz tempo que as ciências recomendam o descanso, o lazer, o entretenimento como formas de regeneração do organismo. O trabalho é um expediente construtivo da pessoa humana, mas ele exige critérios na sua execução. Por exemplo, cada pessoa deveria se dedicar àquela atividade para a qual guarda uma certa afinidade. Quantas não são as pessoas que exercem algum ofício e profissão, sem nenhuma vocação!  Aqui o trabalho justifica o sentido original do termo,  tripallium, instrumento de subjugação e suplicio.
No tangente a entretenimento, lazer e diversão, um pouco de redação . Mínimas são as dissensões sobre a matéria. Pode-se começar a discorrer sobre a sua importância no período da infância. Para toda criança, as brincadeiras, os divertimentos, as atividades lúdicas são superimportantes. Todas essas práticas são fundamentais no desenvolvimento psicomotor, na habilidade cognitiva e linguagem das crianças.
Toda forma de entretenimento e brinquedo deve ser adaptada à idade dos pequenos. Os pais, as babás e educadores exercem uma função pedagógica em participar, monitorar e orientar a criançada em suas diversões e brincadeiras.
Retomando todas essas relações desde o início da criação, o combinado foi que houvesse um equilíbrio e proporção na ocupação do trabalho e entretenimento. A crítica e oposição que se fazem hoje, mas, não só após a idade moderna porque preguiça, pachorra e frouxidão sempre foram marcas do gênero humano. A crítica vai então para os intitulados prazenteiros que só quer sobremesa e mamão com açúcar.
Pessoas folgadas e mandrionas, aquelas aficionadas à mandriice  sempre existiram. As ditas que gostam de mamar nas tetas (do Estado por exemplo, de algum pai-trocinador, um avó aposentado). Todavia, fica a impressão que após a industrialização e com a hipermodernidade houve um incremento substancial no contingente de gente dada quase só a vadiagem, à NÃO produtividade e toda forma de gozo e prazer.
Existem dois sistemas, filosoficamente falando, de indivíduos dados ao regalo, gozo, prazer a alegria. O primeiro deles, o epicurismo, do filósofo Epicuro (341-270 a.C); para quem a vida deve prevalecer no prazer. Com uma condição, através da prática da virtude e cultura do espírito. Ou seja, no exercício do bem e da generosidade. Bom filósofo esse Epicuro.
O segundo sistema é o hedonismo. Este sim, não deve se confundir com o epicurismo, porque ele(hedonismo) busca o prazer e gozo como princípio e finalidade máximos de vida. É como se a vida se encerrasse em alegria.
Enfim, por deduções empíricas, o que se vê por aqui, por aí e acolá e alhures de gente hedonista, não se acha registro em nenhuma estatística

Boca e baco

A FELICIDADE DA BOCA E DO BACO 
João Joaquim  
Aristóteles foi um filósofo que dedicou-se muito à compreensão da ética e do que vem a ser a felicidade. Ele fez grandes referências às relações pessoais e do home com a natureza. Ele é autor de um livro de nome emblemático sobre ética: Ética a Nicômaco, o próprio filho. Passados mais de 2 milênios, esse manual não perdeu a sua importância, e vale um pequeno esforço pela sua leitura.
Aristóteles também discorreu sobre a virtude e a felicidade. Se fizéssemos um paralelo dos tempos desse pensador com os dias de hoje fico aqui a imaginar com meus adereços e botões. O que imaginaria o insigne filósofo  grego dos tempos de hoje sobre ética, virtude e felicidade?  Motivos não lhe faltariam para elucubrações e inquietação.
Aos olhos e percepção da sociedade de hoje, pós o advento da televisão, internet e telefonia móvel, tivemos uma mudança de 180º nos valores de ética e virtude. Se tem algumas palavras para definir esse novo paradigma, sobram consumo, visibilidade, beleza corporal e glutonaria. Falemos brevemente sobre cada um desses desejos.
O consumo se tornou uma aspiração ditada e receitada pela sociedade. Na maioria das vezes a aquisição que a pessoa faz, seja de um objeto, um serviço, um direito, ela (pessoa) faz, mas persuadida, instigada pelo sistema do mercado. As lojas se tornaram locais de satisfação dos desejos.
A felicidade do “ser é ser percebido” ganhou corpo e realização com o advento da internet e suas tão intrusivas redes sociais - facebook, instragran e whatsApp. Tem sido através desses recursos de mídia e comunicação que os seus adeptos e usuários mudaram o conceito e os sentimentos de pudor, de recato, de pessoalidade, de confidências e intimidade. Ser feliz e mostrar-se para as pessoas. As melhores festas, as viagens, os sorrisos, os pratos apetitosos, as poses em sumárias roupas ou plena nudez, os resultados das cirurgias plásticas, os enxertos, os botox.  Vale  muito  mais  mostrar o que não seja do que o que de fato  é. “Ser é ser percebido”. Eis aqui o grande mote das redes sociais.
A felicidade da beleza está representada em toda forma de cirurgia reparadora e estética;  ou até com melhor definição em cirurgia plástica e estética, porque a reparadora, na essência, busca uma reparação funcional ou anatômica, como nos exemplos das deformidades congênitas.
Hoje existe uma relação fornecedor/consumidor muito presente e furte, no induzimento e aliciamento da rejeição das pessoas ao seu próprio corpo. A maioria das pessoas se vê insatisfeita com a anatomia de nascimento. Muitos não aceitam sequer a própria estatura e sexo. Há um chamamento à mudança de tudo. Muitas plásticas se transformam em verdadeiras mutilações. Trocam-se partes naturais por enxertos, silicones, material sintéticos etc.
Por fim a felicidade da glutonaria e da embriaguez. Esqueceram (os adeptos) de ligar a  gula e as orgias da boca e do baco como sendo um pecado capital. Existe, na era das redes sociais, uma retomada da época da derrocada do império Romano, a prática do prazer orgástico com a ingestão de comida e bebidas;  vivemos tempos do consumismo selvagem.
O expediente da ingestão de alimentos e bebidas (embriaguez) tem passado distante e dissonante de ter os alimentos e bebidas como fontes de nutrição, sustento e energia para o corpo e mente. O comportamento ansioso, neurótico, incontrolável das pessoas com comida, remete-nos ao que era nossos ancestrais, na idade das cavernas. Era quando o homem, justificadamente, ao encontrar algum alimento ingeria o máximo de calorias porque não se sabia se no outro dia haveria uma nova refeição.
Assim postas, as fontes da felicidade, a glutonaria, a gula, o refestelar-se de comida e bebidas tornaram-se os principais componentes do prazer e felicidade do homem da modernidade, do sujeito internetiano do século XXI. Esse novo homem buscar cumprir esses apelos, porque ele precisa pertencer ao grupo( in group), à tribo global do consumo.