POR QUE NOS ENGORDAMOS TANTO ? VEJAM A RESPOSTA LENDO ESTE ARTIGO
A HISTÓRIA DA RELAÇÃO DO HOMEM COM OS ALIMENTOS
João Joaquim
A relação do homem com os
alimentos vem de priscas épocas. Alguém pode ver nesta frase uma certa
tautologia. Decerto o homem tem nexo com o alimento desde o nascimento, seja de
forma ontogenética ou filogenética. O que se busca com essa abordagem é mostrar
como se deu essa evolução do bicho-homem com todo meio de subsistência
nutricional.
Nos albores da história da humanidade as fontes de alimentos eram
escassas e de difícil acesso. No que concerne aos vegetais, pode-se afirmar:
muitas eram as opções de frutas, folhas, legumes e grãos. Tudo era natural e
orgânico. E quanta vantagem! Não havia os tais agrotóxicos nem os tais dos
geneticamente modificados. O certo é que a concorrência com a fauna (animais
selvagens) era enorme. Mas, havia abundância de vegetais, por isso o equilíbrio
era certo.
Uma questão complicada era a proteína animal. Isto em se tratando do
homem primitivo ou das cavernas. Porque no abate de animais selvagens se
empregavam as próprias forças ou ferramentas rudimentares da própria natureza.
Pedra , arco e flecha, e armadilhas na caça e pesca, eram estas as ferramentas
utilizadas. Enfim a busca por carne animal ou pescado era árdua e de alto
risco. Ora o homem era caçador, ora se tornava caça de muitos predadores.
Já dando um grande salto para a idade média e desta para a moderna,
muito se evoluiu em se tratando da ligação do homem com suas fontes
nutricionais. Vieram a mecanização e o vasto emprego de ferramentas mais
modernas. A produção agropecuária ganhou outro destaque na vida dos rurícolas e
agricultores. Com o emprego do arado e adubos orgânicos (estercos) e químicos
houve avanços na produtividade e qualidade na produção agrícola.
Saindo da produção agrícola com o emprego de ferramentas e mecanização,
com a utilização de arados motorizados, semeadeiras e colheitadeiras chegamos
na era da indústria alimentícia. E esta é o foco principal da presente matéria.
Falar em revolução industrial alimentícia se torna imperativo trazer à
lembrança a teoria malthusiana, do britânico T.R . Malthus (1766-1834).
Esse importante escritor e economista do século XIX afirmou que a fome e
a miséria só seriam minimizadas com um rígido controle de natalidade e com
abstinência sexual. De certo modo tinha razão o cientista porque em muitos
países subdesenvolvidos a insegurança alimentar, a fome e a subnutrição
constituem graves questões para esses povos. São nações com precárias políticas
em se tratamento de planejamento familiar e controle de natalidade.
Agora , em se falando de países
terceiro-mundistas e emergentes como o Brasil. A verdade real é que alimentos
existem para todos em todos os tempos.
Pelas estatísticas do governo temos cerca de 14 milhões de desempregados. Se
contar o número de subempregados e informais, essas cifras de pessoas atingem
no mínimo 25% da população, ou mais de 50 milhões de bocas para alimentar.
Enfim, a verdade real é que se
produzem muitos alimentos, mas, da colheita até o consumidor se perde quase
40%. Perdas que dariam para alimentar de forma satisfatória a todos os
brasileiros.
Uma outra gravíssima questão , que se mostra de muita insensatez ou
sandice mental se refere ao grupo de pessoas de melhores posses e capacidade
aquisitiva. Essa classe de pessoas tem no alimento, e nas bebidas uma fonte de
alegria, prazer e “felicidade”. Elas comem muito mais do que o necessário, o
exigido para o aporte nutricional. Disto resulta a epidêmica e mórbida
obesidade. Se na África temos os desnutridos, aqui no Brasil temos os
disnutridos ou os dismórficos corporais( prefixo dis com sentido de disfunção,
doença). O nutrólatra ou o fagólatra
come tanto e desmedidamente que se torna em obeso dismórfico. Aí nem
lipo, nem bariátrica resolvem porque as artérias e o coração estão cheios de
gordura e colesterol.
O que adianta retirar a casca( nas cirurgias plásticas ) se o miolo
e o cerne da pessoa( coração e artérias
) estão repletos de placas de gordura e colesterol. Nesse caso o infarto é só
uma questão de tempo. Que triste !
AGOSTO /2017.
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